Por Paulo Francisco Monteiro Galvão Júnior (*)
Lançamento da XIV Gincana Nacional de Economia
O Conselho Federal de Economia (COFECON), em parceria com o Conselho Regional de Economia da Paraíba (CORECON-PB) e os demais 25 CORECONs do país, lançou oficialmente a XIV Gincana Nacional de Economia, em 2025.
Este evento de abrangência nacional permitirá a participação de estudantes de Economia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), bem como de outras universidades públicas e faculdades privadas das cinco regiões do Brasil, abrangendo estudantes desde o primeiro até o último período do curso.
As inscrições, totalmente online e gratuitas, ocorrerão de 19 de maio a 27 de junho de 2025. A competição premiará as quatro melhores duplas de estudantes de Economia e cursos afins, com um prêmio total de R$ 10 mil, distribuído da seguinte maneira: 1º lugar: R$ 4 mil; 2º lugar: R$ 3 mil; 3º lugar: R$ 2 mil; e 4º lugar: R$ 1 mil.
Etapas da Competição Estudantil
A XIV Gincana Nacional de Economia será realizada em duas etapas: Etapa regional (totalmente online), na Paraíba, inicialmente, em 6 de julho de 2025, das 9h às 10h. Etapa nacional (presencial), em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, durante o XXVI Congresso Brasileiro de Economia (CBE), nos dias 7 e 8 de outubro de 2025.
Segundo o Artigo 8º do Regulamento da XIV Gincana Nacional de Economia, “A etapa regional acontecerá em duas fases, sendo que a primeira consiste em um jogo de cartas a partir do qual os participantes deverão responder a perguntas de múltipla escolha sobre macroeconomia, microeconomia, conjuntura e economia brasileira; e a segunda fase consiste no envio de vídeos, pelas nove duplas que obtiverem maior pontuação na fase anterior, contendo breve análise sobre o tema central “COP 30 – 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes)”.
Na etapa regional, na Paraíba, cada dupla de estudantes deverá gravar um vídeo de dois minutos abordando o tema central: COP-30, entre os dias 9 e 11 de julho de 2025. O CORECON-PB será responsável por selecionar as duplas de estudantes que representarão a Paraíba, estado reconhecido nacional e internacionalmente como a terra do maior economista brasileiro de todos os tempos, Celso Monteiro Furtado (1920-2004), cuja obra e legado continuam a influenciar o pensamento econômico no Brasil, na América Latina e no mundo.
Na etapa nacional, em Porto Alegre, os participantes competirão em um jogo online, no qual deverão analisar os impactos de indicadores específicos na economia. A atividade será conduzida de forma interativa e lúdica, proporcionando insights valiosos sobre as relações complexas entre os indicadores e o cenário econômico.
A dinâmica do jogo online visa estimular o desenvolvimento de habilidades de análise macroeconômica e tomada de decisões, permitindo que os competidores testem e aprimorem seus conhecimentos de Economia.
A Lei da Oferta e da Demanda é um dos princípios fundamentais da economia e continua a ser um fator crucial para entender os rumos da economia brasileira na atualidade. Por exemplo, o Banco Central do Brasil (BACEN) utiliza a taxa de juros nominal (taxa Selic) como ferramenta para equilibrar a oferta e demanda de crédito no país. Quando os juros estão elevados, o custo do dinheiro aumenta, reduzindo o consumo das famílias e os investimentos das empresas.
Atualmente, a taxa Selic está fixada em 14,75% ao ano, um nível elevado que impacta negativamente a economia ao encarecer o crédito e desestimular o crescimento dos setores produtivos. Em contrapartida, uma taxa de juros baixa facilita o acesso ao crédito, estimulando o desenvolvimento dos três setores econômicos — Agropecuário, Indústria e Serviços — além de fomentar o consumo das famílias de diferentes classes econômicas: Classe A (mais rica), Classe B (rica), Classe C (média), Classe D (pobre) e Classe E (mais pobre).
COP-30: O Foco da XIV Gincana Nacional de Economia
O tema central da XIV Gincana Nacional de Economia será a 30ª Conferência das Partes (COP-30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que ocorrerá em Belém, no Pará, de 10 a 21 de novembro de 2025.
Esta conferência representa um marco global para as discussões climáticas, com especial atenção à Floresta Amazônica. O evento revisará compromissos como o Acordo de Paris (COP-21 em 2015) e as diretrizes da COP-29 (Baku, Azerbaijão, em 2024), reforçando metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
O Acordo de Paris definiu a ambiciosa meta de conter o aumento da temperatura global em até 1,5°C até 2050. No entanto, fatores como desmatamento e desertificação representam desafios significativos para o cumprimento dessa meta, comprometendo ecossistemas e agravando os impactos das mudanças climáticas. Para alcançar essa meta, é essencial adotar políticas públicas eficazes de conservação ambiental, promover a transição para energias renováveis e fortalecer compromissos globais de mitigação de emissões de GEE.
Impactos Climáticos no IDH e no IDHM
Dados recentes do Relatório de Desenvolvimento Humano 2025 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostram que países afetados por condições climáticas extremas, como o Chade, Níger e Mali, permanecem com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) do mundo.
Os seis IDHs mais baixos do planeta em 2023 são: Sudão do Sul (0,388 e última posição no ranking mundial de 193 países); Somália (0,404); República Centro-Africana (0,414); Chade (0,416); Níger (0,419); e Mali (0,414). Logo, três países estão localizados no Deserto do Saara.
O Deserto do Saara é o maior deserto quente do mundo, com aproximadamente 9,2 milhões de km², abrangendo 11 países da África. Esses países africanos são: Argélia, Chade, Egito, Líbia, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Saara Ocidental, Sudão e Tunísia.
O Deserto do Saara impacta diretamente a produção agropecuária, dificultando o cultivo e a criação de animais devido às condições extremas e à escassez de recursos hídricos. No entanto, alguns países situados na região desértica, como Argélia (IDH de 0,763), Egito (0,756), Tunísia (0,746), Líbia (0,721) e Marrocos (0,710), apresentam IDHs elevados, demonstrando avanços na educação, saúde e renda, apesar dos desafios impostos pelo ambiente desértico.
No Brasil, a crise climática tem impacto direto no Semiárido nordestino, onde a escassez de chuvas afeta 1.348 municípios pertencentes ao Polígono das Secas. Esse cenário é especialmente crítico em estados como Alagoas (IDHM de 0,684 em 2021), Piauí (0,690), Bahia (0,691) e Paraíba (0,698), que figuram entre os dez piores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHMs) do país.
A falta de precipitação pluviométrica compromete a produção agropecuária, agrava a escassez de recursos hídricos e amplia desafios socioeconômicos, reforçando a necessidade de políticas públicas eficazes para mitigar os impactos da seca prolongada e promover o desenvolvimento sustentável na região Nordeste a longo prazo.
COP-30: Uma Nova Oportunidade para o Brasil
O Brasil desempenhará um papel fundamental na preservação da Amazônia e na transição energética global durante a COP-30. Com o histórico de grandes conferências climáticas, como a Rio-92 (1992) e a Rio+20 (2012), a COP-30 surge como uma última grande oportunidade para garantir compromissos concretos e evitar um cenário caótico de mudanças climáticas.
A atenção mundial estará voltada para o Brasil, especialmente diante da ocorrência de eventos climáticos extremos ao redor do planeta, como furacões nos Estados Unidos, tornados em Santa Catarina, enchentes no Rio Grande do Sul, secas no Nordeste, nevascas nos Estados Unidos e no Canadá e, mais recentemente, incêndios florestais no Canadá, particularmente na província de Manitoba, que deixou 2 mortos e forçou a retirada de mil pessoas de suas residências. Esses desastres naturais não apenas geram mortes, feridos e desabrigados, mas também afetam profundamente a economia global, causando distúrbios nas cadeias produtivas, no comércio internacional e na segurança alimentar.
Portanto, forme sua dupla e participe já, mais informações sobre o Regulamento e inscrições no site (https://gincana.cofecon.org.br), da XIV Gincana Nacional de Economia, cujo lema é “O futuro da Economia começa com atitudes sustentáveis”. A dupla campeã receberá um belo troféu para a sua Instituição de Ensino (IE) e duas medalhas de ouro em Porto Alegre. Finalizando, o ouro do século XXI é o conhecimento! Acredite em você e estudando muito com o seu parceiro de IE poderá ser a primeira dupla paraibana campeã da décima quarta edição da Gincana Nacional de Economia desde 2011.