O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), iniciou na madrugada desta segunda-feira (16) sua retirada de Israel em meio ao agravamento do conflito entre o país e o Irã. A saída se deu por via terrestre, com escolta das Forças de Defesa de Israel até a fronteira com a Jordânia. A operação faz parte de um plano de evacuação coordenado com apoio do Itamaraty, da Embaixada de Israel no Brasil e do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, liderado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG).
A medida emergencial foi adotada após o fechamento do espaço aéreo israelense, que inviabilizou o retorno por voos comerciais. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, explicou que a travessia terrestre se tornou a única alternativa viável diante da tensão crescente na região. “Há expectativa de que a saída ocorra amanhã. O espaço aéreo está fechado. Terão de ir à Jordânia por terra”, disse a ministra no domingo (15), em entrevista à CNN.
A comitiva brasileira era composta por 13 autoridades, entre elas o prefeito Cícero Lucena, que participou ativamente das negociações. Segundo o gestor, o trajeto terrestre foi escolhido por representar “menor risco em termos de distância e tempo”, e foi autorizado pelo governo jordaniano após articulações diplomáticas da embaixada do Brasil.
“A movimentação está sendo feita com toda a precaução necessária. A situação é delicada, mas está sob controle com apoio das autoridades israelenses”, afirmou Cícero, que participou de reuniões virtuais com representantes do governo de Israel para definir os detalhes da travessia.
O plano de evacuação previa que, após a chegada à ponte que liga os dois países, cada integrante da comitiva seguiria individualmente para destinos como Arábia Saudita ou outros países da região, sem depender mais da logística israelense. A partir daí, os brasileiros devem ser resgatados por aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), que aguarda a autorização final para a operação aérea de retorno ao Brasil.
A ação reforça a importância da diplomacia e da cooperação internacional para garantir a segurança de autoridades brasileiras em áreas de conflito, além de destacar o trabalho conjunto entre o governo federal e representantes locais para viabilizar uma saída segura.
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