João Pessoa: 9 de dezembro de 2024

Investimentos na educação são explanados por secretária em audiência pública da LOA 2023

Publicado em: 29 de novembro de 2022

Os investimentos na educação também foram pautados na audiência pública desta terça-feira (29) para discutir A Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2023, na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Sobre a Pasta, a secretária executiva de Educação do Município de João pessoa, Luciana Dias, afirmou que o compromisso é voltado à qualidade. De acordo com ela, reformas e ampliações de ginásios e quadras estão no planejamento.

Na educação infantil, Luciana enfatizou a atenção para que as crianças não fiquem nas creches para passar o tempo, mas, que estejam aprendendo. “As professora são formadas. As creches não são locais para deixar as crianças. Tem educação. Na colônia de férias, temos contação de histórias, para aprenderem”. Ela salientou outras ações como a “Semana do bebê” – em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa, a instalação dos parques infantis e o trabalho de musicalização infantil.

Já no ensino fundamental, um dos destaques é a implantação da escola bilíngue em Libras e português, além do inglês a partir do Ensino Fundamental I. Na educação dos jovens adultos, a secretária mencionou o Projovem Urbano, novas salas de aula, parcerias com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Alpargatas e outros órgãos municipais.

Quanto à educação especial, ela expressou felicidade pela Secretaria de Educação e Cultura Municipal (Sedec) ter conseguido, com ajuda da Câmara de João Pessoa a aprovação do programa Educador Social: “Agora, as crianças estão acompanhadas pelo cuidador dentro da sala de aula”. “Também temos a rota escolar que atende crianças com necessidades especiais, ônibus com acesso para cadeirantes e auxiliamos os pais quando precisam levar os filhos ao médico. Garantimos o transporte escolar para crianças que estão a dois quilômetros de distância da unidade escolar ou entregamos vale transporte para as que são maiores, dando preferência às menores na rota escolar. Também garantimos transporte para os alunos nos projetos extracurriculares e para crianças que vão participar de jogos, concursos de robótica e demais atividades pedagógicas ou desportivas fora da escola”, acrescentou.

Entrega de computadores a funcionários, tablets para alunos, chips para professores e alunos, parcerias e convênios com o Ministério Público, com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Câmara Municipal de João Pessoa, Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e universidades, competições internas de xadrez e projetos especiais com natação, bandas marciais, caratê, teatro, cordel nas escolas, Labcrie – sala tecnológica com equipamentos necessários para formação dos professores, implantação do Museu de Ciência e Artes, valorização dos profissionais de educação com formação dos professores também foram citados. “Tivemos a Semana Nacional de Tecnologia, em que eles aprenderam a fazer programas para usar no tablet”, lembrou. Segundo ela, o investimento para o ano que vem é dar continuidade a essa linha de ações.

Em resposta ao questionamento levantado pelo vereador Coronel Sobreira (MDB), com relação ao acompanhamento das crianças venezuelanas, Luciana disse: “Estamos acompanhando desde o inicio e é uma ação conjunta com a UFPB, com o observatório de lá. (…) Através da UFPB, convidamos e eles não compreendem a criança ficar longe dos pais. Nossa cultura não é a deles, mas convidamos caciques para conhecer. Nas escolas, as crianças têm alimento. A pequenos passos fizemos grandes conquistas. Temos escola com uma turma de mais 30 alunos e uma professora específica que trabalhava com em uma ONG, já conhecia o dialeto e consegue ter o diálogo com essas crianças. Tentamos iniciar trabalho com adultos, mas não conseguimos. Através do artesanato é que conseguimos que os pais participassem uma vez na semana. Oferecemos o ônibus para buscar. E o trabalho vem tendo destaque. Em setembro recebemos uma turma de Brasília de técnicos, querendo conhecer o trabalho e entender como aconteceu esse entrosamento”.

Sobre os comentários dos parlamentares Sobreira e Cris Furtado (PSB) acerca das escolas integrais, que devem, de fato, oferecer atividades em tempo integral, Luciana enfatizou que existe o cuidado em pensar em “escolas ativas”: “Fizemos parcerias com grupos de capoeira, procuramos entender o que as escolas integrais precisam ter estruturalmente. Não é só deixar a criança em tempo integral, existe todo um percurso pedagógico a ser cumprido. Tivemos um técnico neste ano verificando todos os itens e produzindo um relatório para que em 2023 comecemos com essas ‘escolas ativas’”.

Sobre o cyberbullying, tema abordado pelo vereador Marmuthe Cavalcanti (Republicanos), autor da Lei Lucas Santos, a secretária Luciana Dias explicou: “Já trabalhamos na escola o combate à depressão, à automutilação. Os professores recebem informação para saber como tratar esses alunos”. Segundo ela, há profissionais de diferentes áreas para lidar e identificar casos do tipo. “O cyberbullying vem sendo trabalhado desde que começamos a implementar a tecnologia na nossa rede. Trabalhamos todos esses temas”.

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