A conteceu na manhã desta quinta-feira (28), no primeiro dia do Festival Literário Internacional da Paraíba (FliParaíba), o Encontro de Realizadores de Festas e Festivais Literários da Paraíba. O objetivo da reunião era o de promover um diálogo entre o poder público e os organizadores desse tipo de evento para debates e reflexões sobre como os dois lados podem dialogar de forma mais próxima e efetiva.
O FliParaíba é realizado pelo Governo da Paraíba, em parceria com a Associação Portugal Brasil 200 anos, e acontece até sábado (30) no Centro Cultural São Francisco, em João Pessoa. Já a reunião com os representantes das festas literárias realizadas em território paraibano contou com a presença do secretário de Estado da Cultura, Pedro Santos.
Para Pedro Santos, inclusive, esse foi um primeiro momento de escuta, num processo que segundo ele deve ser contínuo. “A gente abre essa reunião para tentar entender como está o panorama dos eventos literários da Paraíba, porque é interesse da gestão estadual e especificamente da Secult-PB dialogar com toda essa efervescência”, destacou.
O secretário enfatizou a pluralidade de festivais e de festas literárias e ponderou que eles são pensados a partir de distintos formatos, múltiplas características. Então a ideia inicial era mesmo a de realizar uma espécie de mapeamento dos eventos por toda a Paraíba. “Este é o momento de entender como é que cada organizador de evento literário trabalha. E a partir disso a gente tentar traçar uma política pública de apoio e de fomento sistemático a esses festivais”, completou.
Também presente à reunião, o escritor Tiago Germano, coordenador da Feira Literária da Rede Estadual (Flirede), definiu como ponto positivo da reunião a integração entre as feiras, uma possibilidade, segundo ele, de “intercambiar relações” e entender como cada feira se organiza para se viabilizar.
“Algumas fazem com apoio do poder público, outras fazem sem apoio. Então é interessante entender as dificuldades e as respectivas soluções encontradas pelos diferentes organizadores”, opinou Tiago.
Ele lembra que no país o número de não-leitores é maior do que o de leitores, acredita que muito por causa disso existe no setor um certo heroísmo nas pessoas que organizam esses eventos, mas pondera que é sempre perigoso romantizar demais esse tipo de trabalho. “Esse tipo de atitude desprofissionaliza a função”, alerta.
Por fim, ele falou da urgência em discutir um Plano Estadual de Leitura e Escrita e frisou que esse mapeamento inicial já foi um importante momento. “As pessoas que já trabalham nesse tipo de evento estavam ansiosas por esse tipo de encontro. As festas já estão organizadas. Já são uma realidade. Precisam só ter mais viabilidade técnica”, finalizou.